Só podemos falar sobre o que realmente conhecemos, não é!? Por isso, vamos começar uma série de textos falando sobre o funcionamento do nosso corpo. Nós precisamos nos conhecer a fundo para conseguirmos nos entender e nos cuidar.

Hoje falaremos sobre a fome, sim, o que faz nós sentirmos fome e quais são os processos envolvidos nesse ato.

A fome começa pelo nosso estômago, que quando está em jejum, libera um hormônio, chamado grelina, que avisa o nosso cérebro, fazendo com que a sensação da fome seja ativada.

Quando comemos algo, com a presença do alimento no nosso sistema digestivo, inicia-se a absorção dos nutrientes, logo reduz este hormônio nos dando a saciedade.

Só para exercermos nossas atividades básicas e garantir o funcionamento do nosso corpo, em média, precisamos ingerir 1700 calorias. Quando não comemos quando sentimos fome, o nosso corpo recorre ao plano B para retirar essas calorias. Neste momento, nosso corpo recorre às reservas glicose e carboidrato dos tecidos de gordura.

Por isso que muitas vezes que estamos sentindo fome e não nos alimentamos, depois de um tempo passamos a não sentir fome.

Porém, isso não é nem um pouco benéfico para nós, pois esse plano B não traz todos os nutrientes que precisamos, além de deixar o nosso corpo no estado de economia de bateria, tipo quando nosso celular está com bateria baixa e nós diminuímos o brilho da tela, alguns apps são fechados para não consumir mais energia e por ai vai, com a gente é a mesma coisa.

Começamos a nos sentir fracos e é neste momento que as pessoas podem ter tontura, dor de cabeça, desmaios e assim por diante.

Em caso de desnutrição crônica ou transtornos alimentares como a anemia ou a bulimia, o corpo passa para o plano C para se sustentar: queimar energia do tecido muscular. Sim, nosso corpo começa a queimar nossos músculos para sobreviver, nos deixando cada vez mais fracos no quesito força, mas também no sistema imunológico e com todo o organismo afetado.

Por isso que é sempre melhor nós comermos várias vezes por dia em porções menores, para manter o nosso organismo em pleno funcionamento, sem precisar entrar nesses modos de economia ou dar aquela sensação de buraco no estômago, que até dói.

Pesquisadores e nutricionistas já chegaram a conclusão que dietas restritivas ou vetar totalmente algum alimento que a pessoa goste tem o resultado totalmente contrário do que o emagrecimento, por exemplo. O nosso cérebro produz a grelina somente de pensar nesses alimentos, por isso que nos dá até água na boca, e veta-los é manter a liberação deste hormônio muito mais recorrente, o que pode causar a compulsão alimentar.

Entender a nossa fome, esse ato tão intuitivo e que nos fazer nos manter vivos, é entender a nossa vivência, nossos prazeres, o funcionamento do nosso organismo.

Procure sempre um nutricionista para discutir a melhor forma de você se alimentar e o que você pode fazer de melhor por você mesmo.

Não se medique sozinha/o, não começe a fazer dietas que viu na revista ou que a amiga fez, cada corpo é único, pesquise profissionais que estejam alinhados com o mesmo pensamento que você e onde você se sinta bem, procure também opiniões de diferentes profissionais e vá a fundo na sua jornada do autoconhecimento.