Chover no molhado, a própria expressão já diz. Será que não precisamos falar o óbvio?
Sabe aquela coisa de “quer que eu desenhe?” que tantas pessoas acham que é ruim? Então, eu não acho que seja ruim e vou te falar o que porquê.
O óbvio para você pode muitas vezes não ser o óbvio para a outra pessoa. E como eu acredito que todo mundo quer ser compreendido e passar a sua mensagem, será que a gente não precisa muitas vezes dar uns passos atrás pra conseguir elaborar ela melhor?
E eu falo isso não só da professora que fala que a dúvida do outro pode ser a sua também, mas quando a gente aplica isso no nosso dia a dia. Aquele trabalho que pra você é tão automático já, que você faz de olhos fechados, será que é tão fácil assim para o outro?
A gente tá perdendo cada vez mais a paciência de ensinar, mas também não quer perder a chance de aprender né? Fico só observando hein – isso serve pra mim também.
Quando a gente fala sobre uma troca genuína em relacionamentos diversos que temos na nossa vida, precisamos pensar que cada um de nós não partiu do mesmo ponto inicial. O que eu sei pode ser que você não e vice e versa.
Por que eu falo isso? Porque eu acredito que seja emergencial que nós consigamos enxergar a troca de experiências como uma das ferramentas mais poderosas de construção de uma sociedade, de uma família, de amizade, de trabalho, com você mesmo.
É…… Com a gente mesmo também!
Falar o óbvio para nós também é uma chance de conseguirmos ressignificar, analisar, interpretar novos caminhos. O óbvio não é tão óbvio assim e a gente não pode desmerecer.
Porque a gente muda, o mundo muda, as pessoas mudam e as ideias também. Ainda bem…
Falem o óbvio, voltem sempre pro óbvio, porque ali que mora muita oportunidade.
Verdades absolutas não existem.