Sabemos que as informações a que temos acesso durante a infância são uma grande parte da formação da nossa personalidade, caráter e essência. Por isso é muito importante nós, como adultos e cuidadores responsáveis, assumirmos o papel de fornecer materiais com conteúdo ético e empático, para que as crianças tornem-se no futuro as melhores pessoas possíveis.

Com isso em mente, traremos aqui uma lista com exemplos de livros infantis para ajudar a formar um pensamento social orientado à diversidade e pluralidade.

Amoras

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O primeiro livro infantil do músico Emicida, lançado pelo selo Companhia das Letrinhas, traz a importância de nos reconhecermos no mundo e nos orgulharmos de quem somos. Representatividade negra, diversidade e autoestima são temas abordados pela obra, que apresenta uma visão que foge à ótica eurocêntrica sob a qual personagens negros geralmente são desenvolvidos.

Olívia tem dois papais

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Mais um livro lançado pelo selo Companhia das Letrinhas, de autoria de Márcia Leite e que acompanha a pequena Olívia, menina alegre e muito esperta que vive com seus pais adotivos, Raul e Luís. Entre brincar de boneca com papai Raul quando está “entediada” e se maravilhar com os talentos culinários de papai Luís quando está “desfalecendo”, Olívia exercita sua curiosidade com coisas que considera “intrigantes”, tal qual a dúvida de como vai aprender a usar maquiagem e salto alto, quando em sua casa não mora nenhuma mulher adulta.

Rodrigo enxerga tudo

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Escrito por Markiano Charan Filho e lançado pela editora Nova Alexandria, este livro apresenta o tema da inclusão social e escolar através do personagem Rodrigo, cego desde bebê, que começa a estudar em uma nova escola onde forma uma grande amizade com André. As outras crianças da sala aprendem pouco a pouco que Rodrigo, apesar de não enxergar como elas, também consegue ver as coisas do mundo, de maneira diferente e também tem, como todo mundo, talentos e pontos fracos com os quais precisa lidar.

Falando Tupi

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De autoria do escritor, ilustrador, professor e artista plástico indígena do povo Maraguá, Yaguarê Yamã e lançado pela editora Pallas, o livro Falando Tupi busca trazer conhecimento e estabelecer relações entre a língua que falamos hoje e a que falavam os habitantes de Pindorama antes de sua invasão pelos portugueses através de uma brincadeira de perguntas e respostas, que desperta a curiosidade do leitor ao mostrar a origem Tupi de palavras usadas no dia a dia.

Transderella

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Adaptação da peça teatral homônima de autoria da escritora drag Lino e lançado pela editora Rico, Transderella se trata de uma reimaginação do popular conto Cinderela do escritor francês Charles Perrault. Nesta nova versão, a famosa princesa se chama Cindy, uma menina trans órfã que sofre maus tratos e discriminação por parte de sua madrasta e seus filhos, que fazem questão de obrigá-la a usar roupas masculinas e a chamam de Daniel, seu nome de batismo. Ao invés de retratar a temática clássica da dama que espera ser salva pelo príncipe encantado, mostra uma menina que descobre o amor como consequência do momento em que decide viver sem medo de ser quem realmente é.

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