Outubro foi um mês de equilíbrio.

Passei alguns dias me recuperando da cirurgia, juntei forças e todo o tédio acumulado para realizar alguns planos. Particularmente eu sentia falta disso: sair fazendo.

Com o tempo a gente planeja, planeja e planeja. Quando eu era criança, só saia criando. Mexia, aqui e ali, encontrava algo bacana, dava sentido a outra coisa: me arriscava. Não tinha essa de “dar certo ou dar errado”, quando criança, eu apenas dava vida. E a vida, me dava ainda mais dela de volta.

Sentia falta. Foi então o mês em que pintei o muro da casa, comprei pedrinhas novas, fizemos nosso deck do quintal. Revi amigos, amigas, distribuímos nossos primeiros convites do casamento, fizemos as primeiras mesas e bancos.

Fizemos uma oficina sobre redes sociais, encontramos pessoas queridas, conversamos sobre a vida, política, arte e nossos medos. Sem limites, sem filtros.

Outubro foi como um renascimento. De mim, dos sonhos, de fé. Viveria tudo outra vez.