Fiz a unha do pé
Fiz a unha da mão
Fiz feijão
Cortei meu cabelo sozinha
Li 5 páginas de um livro
Fiz uma nova receita de pão – esqueci o sal 3x
Doei alguns produtos de beleza e roupas que não me representava
Fiz uma limpa nos esmaltes que não usava
Vi 1 temporada de Ozark
Fiz essa foto minha sozinha pois gostei da luz

“Vix, que dia produtivo!” Não…

Fiz isso nos últimos 8 meses… é, 8 meses.

Em tempos em que falam tanto em produtividade, infelizmente é involuntário ligarmos isso a corrida do tempo e quanto mais atarefado e cheio o dia melhor.
Eu pensava assim, me guiava assim e, até hoje, brigo comigo mesma pra ressignificar. Afinal, nesse momento que todo o mundo está vivendo e no meu novo tempo (que não é mais meu) que sigo aprendendo a me reequilibrar, é preciso atualizar esse olhar adicionando flexibilidade e acolhimento, senão a conta não fecha… senão a vida será apenas cobrança, frustração e nível -10 de motivação.

É, é difícil ser tudo que sempre fomos e almejamos em meio uma pandemia.

Então, que a gente busque ser o melhor possível nas nossas partes – sendo o possível pra gente, não o do outro.

Faça o que precisa ser feito… mas aos poucos.
Peça um tempo a mais, comece pelo mais urgente. Mas aos poucos.
Pare, respire, descanse, curta o que você fez.
Então, no próximo dia, outro pouquinho… não se cobre hoje com base no ritmo que você já levou ou idealizou. O Agora é um outro tempo, outro você.
Grandes coisas são feitas de muitas coisinhas. Aos poucos.

Um km por vez, pra quem quer um dia completar uma maratona.
Uma página por vez.. se você quiser ler, claro.
Faça o que você quiser, faça o que te faz bem… mas faça aos poucos. O tempo, quando a gente degusta, não nos desgasta.

Só quando assumimos e acolhemos nossas metades que temos a oportunidade de ser – humanos – inteiros.

Ps: quem sabe no fds sai um bolo