Para você, eu só queria dizer algumas coisas. Eu prometo ser bem breve dessa vez. Juro não me apegar tanto aos detalhes. Mas estou feliz e só queria te dizer. Afinal, nesse mundo gigantesco e cheio de presepadas no dia a dia, eu preciso com carinho agradecer. Todo mundo sempre precisa, né? Afinal, todo mundo tem alguém que é fácil abrir o coração, aquele alguém que podemos ser inteiramente quem somos, até com nossos defeitos; alguém que, se alguma meleca acontecer, é para ele que você vai ligar para chorar ou para rir; aquele alguém que você prefere ouvir a risada dele soar antes da sua, só para garantir que, sim, ele está feliz. E se ele não estiver?

Todo mundo tem alguém que sempre topa pedir uma pizza. Aquele alguém que te conhece mesmo você tentando esconder o que sente, ele sabe, te conhece e reconhece e é, por vezes, até irritante. Todo mundo conhece alguém que gosta dos filmes que você não gosta, mas assiste sempre com essa pessoa, pois a companhia não é de se desperdiçar.

Pois todo mundo conhece alguém com quem sempre sonhou em ter por perto, mas tem outro alguém, que é muito além de qualquer sonho – é real; todo mundo tem alguém que faz merda, erra, faz a gente chorar, mas que também enxuga nossas lágrimas e está sempre disposto a recomeçar; todo mundo tem alguém que a parceria é risada garantida e que vem com um ombro quase almofadado de tão aconchegante e bem encaixado que é; todo mundo tem alguém que a sintonia é natural, ela bate e não tem santo que faça ficar mal; todo mundo tem pelo menos um irmão, amor ou melhor amigo e um conhecido assim; todo mundo tem pelo menos um alguém de quem é fã de quem essa pessoa simplesmente é: por ser livre, por ser sempre inteira e tão cheia de paz – e que fala sempre um monte de besteira.

E, de todos esses, eu trombei com todos eles em você.

Eu disse que precisava agradecer, só não disse que era por você ser a melhor versão de quem você pode ser.

Por tudo. Obrigada, você.

Revisão de: Thaís Chiocca

Ps: Feliz 31 verões, barbudo.