Acredito que a vida é como uma grande escola que a gente precisa ser atento e intencionado a ver aprendizado e beleza no ordinário.

Nestes últimos anos, vivemos juntos, grudados, trabalhando e morando no mesmo espaço, eles foram um achado, uma soma e tanto no meu caminho. Com eles, aprendi tanto! Aprendi muito. Principalmente a estar atenta ao momento presente. Um grande clichê, um tema que está em alta, parece até algo que precisa ser sublime ou sempre especial demais. Mas não. Foi com eles que entendi que viver com intenção é algo que só eu posso fazer por mim.

Para a cada dia ampliar mais minha forma de levar a vida, para não fazer dos meus dias como aqueles passeios de ônibus de turistas que a gente paga, vê um monte de coisa e não decide nada, sente, vibra, arrepia na pele lá grandes coisas.

A vida me deu grandes professores na arte de estar presente nas pequenices do cotidiano. Seja com Lucy na sua missão de pegar seu próprio rabo, Ringo contemplando o nada pela manhã e Fábio que vire e mexe senta na grama pra ver os dois correndo pra lá e pra cá. Parece bobo. Simples. E é. E a vida implora por essa dose de simplicidade para ser apreciada. Que a gente não deixe escapar a chance de assumir o volante ou sentar na janelinha pra enfiar as mãos ou a cabeça pra fora e sentir o vento tocando a pele.

A vida precisa da nossa inteira intenção pra acontecer, caso contrário, sobrevivemos. Quando abraçamos o agora, algo extraordinário acontece em nós.