2016 não foi um ano em que li muito, então por isso essa categoria ficou um pouquinho estacionada. Já fiz um vídeo lá no canal contando sobre os meus livros preferidos. Eles dificilmente mudam e, sempre que desejo ler ou relembrar, corro para a nossa estante da sala. Final de ano, enquanto estamos no Sul, é uma época boa para por em dia a leitura. Não só pelo clima calmo, mas minha sogra tem bem o mesmo estilo de leitura que o meu e já deixa tudo separadinho para eu me jogar. Em outras férias, consegui ler bem mais. Mas, estes que li, mudaram muito minha forma de ver, pensar e alimentar 🙂

Anticâncer – David Servan-Schreiber

David era um pesquisador que descobriu com apenas 30 anos que estava com um tumor no cérebo e deram a ele, 6 meses de vida. Começou o tratamento de câncer pelos métodos convencionais e descobriu mais tarde que ele havia voltado. David faz questão de dizer que o corpo humano fabrica células defeituosas desde sempre, porém o mesmo é capaz de mecanismos para contê-las. Não é só um livro técnico, como pesquisador ele compartilhou diversas maneiras que o ajudaram a não só sobreviver ao câncer, mas viver de uma forma muito melhor. Desde a alimentação, mudança no estilo de vida, produtos de limpeza, uso excessivo de materiais plásticos, exercícios físicos e a tão necessária paz de espírito e conflitos emocionais.  ‘São alegrias e sofrimentos, descobertas e fracassos, que hoje fazem de mim um homem consideravelmente mais cheio de vida do que há 15 anos’. É surreal ler esta frase de um homem que tinha apenas 6 meses de vida e conseguiu lutar, superar e ainda compartilhar tantas boas informações 🙂 Vou ter que c comprar para nós. É incrível, é grande, intenso, prático e devorei em 3 dias.

A morte é um dia que vale a pena viver – Ana Claudia Quintana Arantes

Este sem dúvidas seria um livro que eu não pegaria na livraria, comentei isso com o Fabinho. Leria o título, ficaria intrigada e pensaria: Por que pensar na morte? A resposta é simples: para valorizar a vida. Para respeitar, mas não temer a morte. Ana Cláudia é médica de Cuidados paliativos e contou sua experiência de cuidados e aprendizados. Acredito que esse pensamento quase imediato de “credo” quando falamos da morte, é devido a cultura imatura e os valores da sociedade focada ao consumo que faz-nos imaginar até que morrer é algo que acontecerá só quando tivermos 100 anos, a ideia que de somos invencíveis. Mas, não somos. 2015 e 2016 foram anos em que consegui realmente valorizar os meus dias por encarar a morte de uma forma mais natural. Para trabalhar um espírito sereno, não ter medo de demonstrar amor, por dizer o que penso sem precisar ofender ninguém. Eu imaginava que seria um livro fúnebre, mas foi um dos mais vivos e questionadores que já li sobre a jornada que temos aqui. Como estamos vivendo? Nossos dias estão sendo devidamente aproveitados ou vamos chegar ao fim desta jornada cheios de arrependimentos?

Morremos antes da morte quando nos abandonarmos… O que separa o nascimento da morte é o tempo. Vida é o que fazemos nesse tempo é a experiência. Quando passamos a vida esperando pelo fim de semana, férias e a aposentadoria, estamos torcendo para que o dia da nossa morte chegue mais rápido. Dizemos que depois do trabalho vamos viver, mas esquecemos que a opção “vida” não tem botão “on/off” que liga e desliga conforme o prazer de viver. O tempo corre em ritmo constante. Vida acontece todo o dia e, poucas vezes as pessoas parecem se dar conta real disso.

A sabedoria da transformação -Monja Coen

Passeando com a mãe de Fabinho, fomos até uma livraria. Lá, encontrei este livro. Monja Coen é uma fofa. Tenho vontade de colocá-la em um potinho. Digitem o nome dela no youtube e divirtam-se com os conselhos mais amáveis e simples que vocês poderão receber de alguém. O livro segue mais ou menos este estilo. Não é divido em capítulos estruturados. É livre, leve e com pensamentos diversos que foram registrados. Por ser um livro neste estilo, ainda não cheguei ao fim. Deixo para ler um, dois ou três por dia pela manhã. Já admirava muito e isso só aumentou a cada parágrafo!

A vida que vale a pena ser vivida – Clóvis de Barros Filho

Este livro chegou aos 45 minutos do segundo tempo. Estávamos na casa do meu cunhado em Porto antes de embarcar, quando ele disse: você já leu esse livro, Isa? acho que vai gostar. Dito e feito. Gostei. Como não tenho, né, leitura dinâmica, haha trouxe ele na mala. Comecei esta semana e estou mais ou menos um pouco antes da metade – as coisas aqui são mais devagar ainda, neste caso, infelizmente. O livro aborda temas sobre a vida, mas de forma leves e quebrando o conceito de que a “a vida que vale a pena” é algo já moldado e construído. É um livro que impulsiona, questiona e nos faz mais responsáveis pelas rédeas da nossa vida, atitudes e da felicidade. Estou gostando e me inspirando muito! Como o autor mesmo diz:

A intenção desta obra é de fortalecer os leitores para que possam resistir, cada vez melhor, contra todo tirano que pretenda empurrar-lhes goela abaixo a vida que vale a pena. Pois essa vida é a sua, com seus sonhos, suas ilusões, seus medos e esperanças.

Em uma breve pesquisa já pude perceber que os preços dos livros são bem acessíveis na faixa de 21-37 reais. Espero que tenham se identificado com algum e matado a curiosidade 🙂

E vocês? quais livros leram no começo do ano?