Não sei. Me peça café para cinco, seis, sete pessoas e eu farei sem medo, sem frescura e sem errar. Mas, para uma pessoa? não dá.
Sábado de manhã, eu e a cama vazia, branquinha, dois cachorros e um sol gostoso no quarto. Estava tudo bem. Desço as escadas e sou eu versus a chaleira: café. Quem consegue viver sem antes tomar no mínimo um de café? Aqui em casa somos em dois humanos, eu e um barbudo. Passo o café o dia todo para nós e para quem estiver com a gente. Ligo o coração no automático. Puxa, me esqueci! ele não está aqui. Duas xícaras de café para uma pessoa? bom, guardei para depois. Ele me pergunta, “Como está aí, baixinha?” e a resposta é “Tudo óóóótimo” e completo mentalmente – me socorre, não teve café pra um.
Domingo de noite, por que não um cafézinho? expira, inspira e é só diminuir ao meio a quantidade de sempre. Concentração. Ih, deu ruim: amargou. Segunda depois do almoço, sim, tem que ter café pra “assentar” o estômago. Concentração. Não deixa a pouca água ferver demais… Ih, deu CHÁfé, mais fraco que camomila.
Terça de tarde? hora do café! Preguiça de sujar tanto só para uma bendita xícarazinha para mim. Corro na padaria do lado, “um pingado, por favor?”. Mais fácil que admitir que não consegui e que também, meu bem, não vou ficar sem café. Mais fácil me render do que chegar ao quarto dia na tentativa frustada desse imperfeito equilíbrio.
Há quem diga que meus cafés não são os mesmos sem você. Tem um sabor diferente, não é ruim, mas é apenas… diferente. Incompleto? não, diferente. Menos intenso? diferente.
Há quem diga que para fazer um bom café é só seguir um manual, mas não. Fazer um bom café é como fazer o bem para alguém e para sí: quanto mais o outro sorri e esvazia o coração entre uma xícara e outra, mais gostoso o café parece ficar.
Há quem diga e estão certos, os cafés são os mesmos, mas não tem você: a melhor companhia, a melhor pessoa para encher uma xícara, falar da vida, chorar ou rir, entre um gole e outro gole do nosso tão compartilhado e amado café.
para meu barbudo, de uma grande saudade de pequenos 5 dias de coisas simples da rotina.
Tem gente que foge da rotina, talvez porque não conheça a rotina do amor que bota em ordem as horas e a vida! Adorei o texto!
Sim! é bem isso, querida.
Rotina é algo maravilhoso quando tem amor – pois tem leveza, né? <3
A rotina deixa de ter aquela tom de chatice quando se tem amor envolvido. E vocês tem amor de sobra, amém! Texto lindo, Isa.
Obrigada, flor <3
é bem isso! rotina é uma delícia quando bem vivida!
ai que lindeza <3
<3
Que texto maravilhoso Isa. Olha, sei que não sente falta do café em si e sim da companhia mas se ajudar a cada 200 ml de água coloca-se duas colheres de açúcar e uma de café. Aqui em casa, mesmo eu não tomando o tal café, a gente já nasce com essa receita na manga haha http://naotomocaf.blogspot.com.br/
Ahhh que bom que gostou!
heheh me referia a companhia 🙂 mas obrigada!
Beijoss
Que lindo, meu Deus. Café é vida, é amor, é conexão. Não é à toa que minha refeição preferida é o café da manhã. Apesar do homi aqui não gostar muito de café, mas acordar no sábado e aos feriados sem tomar café juntos é uma das piores coisas da vida a dois (sim, eu descobri isso em 4 meses de casada haha). Logo de manhã, tu ver aquela pessoa que tu escolheu pra compartilhar, como vocês dizem, os “crimes” da vida, e curtir a primeira refeição do dia, isso é lindo. É coisa de vó, é coisa de família, de gente. Que texto mais lindo. Que blog mais VIDA. Valeu pelo texto Isa, valeu por existir, cara.
É tudo isso e ainda faltam palavras <3 hahah !
Sim, a minha também, não vivo sem! É maravilhoso!!!
Sei nem o que dizer. obrigada pela mensagem, carinho, energia boa e comentário TÃO LIIIINDO!
beeeeeeeijo e abraço de urso!!!!
Bonito isso de associar o café ao amor, como um hábito do qual a gente se sente perdida quando falta naquele dia. Como viver sem? É automático :3
é exatamente isso Jéssica :’) <3