Ser humano é feito de ciclos e fases. Assim como na natureza há momentos para florescer, morrer e renascer. O amor não seria diferente e não escaparia dessa. Na verdade, fases são necessárias. São nelas que aprendemos sobre o outro, nós mesmos, respiramos fundo e encontramos outros caminhos – ou ressignificamos o mesmo. É junto com as fases que encaramos nossos medos, maiores temores e formamos mais opinião sobre tudo. Cada fase no amor vem junto com uma pergunta muito frequente: será que vai tudo vai mudar?

E vai…

Temos a tendência a sempre achar que a melhor fase do amor é o início do namoro. Fase em que somos movidos pela paixão e por sentimentos mistos de euforia. Eu tinha um pouco de curiosidade em saber como seria estar um determinado tempo ao lado de alguém. Depois de 8 anos e pouco, posso afirmar que, TUDO muda. Que bom! Nada continuará da mesma forma que está hoje. Se você em um momento feliz ou mais triste, nada é para sempre. Por isso, nada mais justo que aproveitar todos os momentos.

Existirão fases em que precisaremos estar mais perto de nós mesmos, da família, amigos ou de quem amamos. Fases em que algum sonho precisará esperar um pouco a situação financeira se reequilibrar. Fases em que o sonho do outro, será parte do nosso e vice versa. Fases em que toda nossa energia vai para uma meta meio doida, para cuidar da casa, do cachorro, planos financeiros ou economias. Fase que conseguimos equilibrar quase todas as áreas ou está tudo de ponta cabeça e a gente não sabe nem por onde começar. Sem contar que tudo isso, acontece ao mesmo tempo, com o outro também.

O que eu mais amo no amor é que ele sempre trabalhar para construir. Pode doer, podemos ficar perdidos e sem saber como reagir, mas se estivermos dispostos a aprender… o amor transforma. O amor ensina duas pessoas a continuarem a ser duas, mais fortes, mais unidas e menos intolerantes, em unidade.

O amor sempre será amor enquanto fizer sentido e nem por isso continuará o mesmo. Aliás o que mais aprendi nesses anos é que isso nem combina muito com o amor. Ele precisa se reciclar, reviver e renascer quantas vezes forem precisas com respeito, paciência e carinho. Equilibrar a vida no plural é desafiador e uma descoberta das mais interessantes e malucas. É lidar com muitos mundos, fases e ciclos, as vezes com facilidade, medo, receio e frio na barriga. Os anos podem passar, as borboletas no estômago, continuam. Que essa fase não passe…