Agosto pela primeira vez, voou.

Agosto doeu. Dentro, fora, ao redor de mim. Foi mês de problemas de amigos, família, saúde, com quem amo, comigo, trabalho. Foi mês de parar. Parar para rever, repensar, recalcular, retomar e renascer. Agosto foi o mês que eu pensava que já tinha sido o bastante e mal tinha começado.

Agosto me fez pedir arrego. Precisei dormir mais, compreender, mudar, analisar, viajar, sair, mudar e abraçar. Abraçar meus problemas, dos amigos, da família. Me fez afastar para conseguir enxergar melhor.

Agosto foi mês que não me veem imagens, fotos ou cenas em mente. Foi um mês cru, puro e seco. Sem rodeios, sem cor, mas com amor. O amor em detalhes diferentes do que acostumei. O amor que zela, cuida, presta atenção mesmo não tão perto. O amor que torce, protege e contribui com uma mensagem simples no final da noite. O amor que sente medo e vai com medo mesmo.

Foi o mês que termino ele mais forte, com a cabeça erguida e dizendo pra mim mesma: do chão, você não passa, você já sabe, mas é hora de levantar.

Agosto, obrigada por me ensinar a voar.