A gente jura saber o que é preciso para viver. A gente bate o pé que temos que ter isso, comprar aquilo, realizar X coisa e ir para tal lugar. O que a gente não sabe, é que, na verdade, não sabemos de nada.

Um dia não criaremos um padrão de como as pessoas precisam ser. Conseguiremos olhar para cada um como um ser e humano com vontades, desejos, opções e ideais. Um dia aprenderemos a deixar de lado a rixa, os discursos pré montados e a necessidade de impor a nossa vontade no outro, na família, seja quem for. Daremos a chance de olhar na contramão e exaltar as coisas boas, para ver a beleza do ser diferente e que nos faz tão únicos. Um dia, olhar para quem as pessoas são e não o que usam, estará na moda.

Um dia a gente resolve deixar de ter razão para ser feliz. Não colocaremos nas costas de ninguém a nossa felicidade e a necessidade de adivinhar o que estamos sentindo. Passaremos a apreciar o que é espontâneo e verdadeiro, ainda que seja completamente diferente do que gostaríamos de ver. Um dia gastaremos mais tempo vivendo do que imaginando como as coisas deveriam ser.

Um dia encontraremos pessoas que farão o nosso silêncio ser confortável e com quem fazer nada junto torna-se o melhor programa para qualquer dia da semana. Antes deste dia, aprenderemos que olhar para o lado e ter alguém sorrindo de volta, sem ter motivos, apenas por você estar sendo exatamente como é, é o maior tesouro da vida. Um dia entenderemos que o que levamos da vida, não é nada que se pode pagar, mas somente as relações que construímos, dia após dia, com esforço. Um dia redescobriremos o que é cativar.
Um dia aprenderemos que o amor é o melhor remédio que podemos dar e que não há contra indicações.

Um dia agradeceremos a vida, sem pensar no que ainda não temos.

Umdia deixaremos a vida ser como é. Neste dia, seremos livres.