23 de janeiro de 2010 foi o dia em que o conheci. Eu demorei para memorizar a data, mas aquele dia, nunca saiu da minha cabeça. Lembro que desejei ser amiga dele. Eu sentia e sabia que poderia aprender muito-muito mais sobre a vida ficando por perto. Acabei aprendendo sobre ele. Decorando os gostos quando íamos tomar café na padaria e de como ele adorava chegar num parque e tirar os chinelo para pisar na grama. Eu, que sempre fui uma pessoa de planejar as coisas, conheci o cara que era “vamos? agora?”, e no geral, eu respondia vamos. Sentia- me confortável com o mundo dele. Mesmo que ainda não cogitasse passar o resto da minha vida com ele, vivíamos muitas vidas em um dia só. Sem pressa: Rimos, choramos, choramos de rir, brigamos por causa do celular velho dele que nunca funcionava, inventamos de trocar o rejunte do banheiro e ele comeu o meu bolo queimado e disse que estava bom.

Muita coisa mudou desde então. De um, nos tornamos dois, para virarmos quatro e muito mais com toda família e amigos que multiplicamos. Somos mais fortes e mais bobos juntos. Ainda não realizamos nem metade do que planejamos. Nem sei se conseguiremos fazer tudo, mas nos tornamos pessoas muito melhores e mais vivas lado a lado.

É isso que o amor faz. E é isso que levamos da vida.