Já imaginou que sem graça seria viver uma vida sempre igual? Pois bem. O amor não escapa dessa também.

O ser humano é feito de fases, este é um fato. E assim como em todas as alas da nossa vida, o amor é assim. O amor tem os seus momentos e, todo casal de alguma maneira, parece que passa por elas: As benditas fases do relacionamento.

Nas primeiras semanas: a descoberta do que temos em comum, comidas e restaurantes preferidos, cursos, cores que gostamos de vestir e passeios que curtimos fazer ao finais de semana. Cada detalhe é um ponto positivo para nos vangloriarmos de que, sim, nos parecemos com aquela pessoa que tanto gostamos e admiramos. Algumas semanas depois já fica fácil observar as coisas diferentes que fazemos, as diferenças em lidar com o cansaço pós trabalho e as reações nos imprevistos da vida. Dessa forma, ganhamos a definitiva consciência de perceber que não importa muito se ele é X e você o Y – o desejo é apenas desvendar, decorar e rir daquele pedaço de gente. Afinal, amar é uma das fases mais desafiadoras da vida, então precisamos encará-la com bom humor.

No amor, assim como em todo relacionamento da vida, é preciso balancear gostos e curtir momentos. Inclusive quando estão separados. Passamos a colecionar uma porção de primeiras vezes. Conta-se as primeiras vezes em que dormiram no sofá, o primeiro porre à dois, jantar sem energia na casa e as brigas por motivos idiotas. Até que o dia a dia chega e questionamos se ainda há encanto, se vale a pena lutar. Engana-se o coração de que não há mais primeiras vezes, de que tudo esta igual. Mas não está. O amor é simples é importante relembrar.
Então, começa a fase em que tudo é vivido com uma dose menor de euforia e mais consciência. O amor é compartilhado em gestos singelos que apreciamos em doses leves da rotina. Enxergamos na pessoa ao nosso lado a sua parceria. Ligamos para contar coisas péssimas ou incríveis como amigos, brigamos pelo último pedaço de pizza como irmãos e fazemos questão de em meio a correria fazer o jantarzinho na varanda como amantes. A partir desta fase, ela não passa. O amor é o seu companheiro de vida e isso é tudo.

Embora eu não acredite que a vida tenha um roteiro fixo, é preciso admitir que – à maneira de cada um – todo casal passa por fases. Alguns vivem, sobrevivem, outros pedem um tempo ou fingem que nada acontece. Mas, não existe certo nem errado entre casais: é preciso escolher o amor. Para que em cada fase, por mais dura que seja, a gente tenha o motivo para lutar.

Ilesos ou não, somos todos sobreviventes do amor. Com um coração forjado, consciente, forte e lapidado para viver a vida com mais calma – e de preferência, com paixão. Uma das fases mais malucas da vida. Ah… Que fase!