Quando nos falam de qualquer coisa ou sentimento, a nossa cabecinha já imagina um cenário, trejeitos, reações, definições e modelos. Tudo o que vivemos na nossa vida, nossas experiências, momentos felizes e os mais tristes vem à memória. É dessa forma que criamos a concepção de tudo. Inclusive, do amor.

No caso do amor o buraco é ainda mais embaixo e, por não ser uma psicóloga, não poderia me aprofundar nisso, mas de forma rasa todos nós sabemos que somos formados pelo que sentimos principalmente quando crianças, adolescentes, adultos e o que recebemos das influências ao nosso redor. Ainda mais de revistas, livros, filmes e tantas pessoas que estiveram em um relacionamento perto da gente. Para cada um, de uma forma muito individual, amor é amor.

Parece fácil. Não é.

Entramos em um relacionamento imaginando TUDO mesmo sem antes estar em um. Mais do que isso: existe a maneira que amamos, que nos sentimos amados e a que queremos ser amados. Sim, é de dar nó na cabeça.

Aqui em casa, eu sou a do tipo de escreve. Amo com textão, cartas, doou meu tempo, deixo o café pronto e espalho recados pela casa. Ele é do tipo que fala olhando nos olhos, ajuda nas pequenas situações do dia e abraço no meio da tarde do nada enquanto eu trabalho. Ele fala pela música, eu vejo frames em tudo. Ele pensa a longo prazo, eu sou quem executa tudo hoje. Se tem algo errado ele vem e conversa, eu preciso de um tempo pra respirar. Ele deita, eu já dormi, ele acorda, eu já resolvi a vida. Ele é do cálculo, filmes de fim do mundo, pés firmes no chão, muito chocolate e razão. Eu sou do silêncio, livros de filosofia, pão e reflexão.

Cada pessoa é um mundo. O amor não dá certo, encontra-se uma maneira de fazer funcionar.

É preciso deixar as expectativas de lado, deletar as fórmulas prontas e topar aprender juntos a valorizar a forma como cada um ama, sente e se expressa. É preciso dedicar tempo para aprender do outro e de sí mesmo.

2 mundos, juntos e misturados, sem anular ou subtrair.

E é amor, pois não tem nada mais apaixonante do que ver alguém sendo livremente quem é, lado a lado.