Fim de ano me assusta um pouco. Eu sou daquelas que, desde cedo, adoram uma listinha. Então, chega a hora de puxar um bloquinho simpático ou um pedaço de guardanapo e rabiscar ali todos os planos e anseios para o ano que está por vir. Coragenzinha, não? É aquela tal energia com ansiedade misturada na barriga, que sobe e desce sem parar: vontade de realizar.
Quase todo ano é a mesma coisa: fazer mais exercícios, escrever um pouco menos (falo sem parar até em textos), ter mais calma, fazer um mochilão, lembrar de fazer a cama ao acordar e assim vai.
Fim de ano me arrepia. Mas, eu amo. Amo chorar de emoção do que está por vir, sorrir pra dentro para me fortalecer e depois sorrir ainda mais ao redor, carregando comigo a doce expectativa de mais um ano. E, que às vezes, tudo possa dar errado outra vez, diferente dos meus planos. 2013 foi assim, me deu uns belos tapas, mas depois me encheu de graça. Faz parte. Porque, sabe, eu quero mesmo é aprender. Quero frio na barriga, quero chorar de medo e enfrentar, correr e respirar.11582502376_33b461699d_b.jpg.pagespeed.ce._dNxOXy9qd
Fim de ano me atrasa. É sempre a mesma história, passo rímel ou não passo. Tá bom, passo. Uma hora antes da meia noite, começa o chororô e lá se vai… Ah, saudade, o que você faz com a gente? Esmaga o coração com tantos sorrisos e momentos pra recordar. Coisa bem boa essa que é viver pra evoluir e rir. E amar, claro, amar. Amar qualquer coisa e a gente mesmo. O amor tem tantos modos e são todos os melhores tipos de amor pra viver. É que viver e amar, são praticamente as mesmas coisas: os dois precisam de coragem, comprometimento e sintonia com a cabeça e o coração. É bom não esquecer disso.
Fim de ano me organiza. Lá na minha listinha, eles estão sempre separadinhos: Amar e na outra linha viver, porque coisa boa tem que ter um item só dela. Tem que ter destaque, pra realmente não esquecer. O que seria de um novo ano sem elas? Não seria. O que seria de um novo ano sem problemas? Olha, é sempre bom lembrar deles, não faz mal a ninguém se prevenir. Mas, coloque eles lá no finzinho da lista sabe? Ou quem sabe só embaixo de amar, viver e tal. Porque isso tem que vir antes. Quer dizer, funcionou pra mim.
Fim de ano, me encoraja mais. Tentei jogar meu bloquinho pro alto, mas não deu, eu já tinha escrito minha listinha inteira e tinha que cumprí-la. Mas, olha, coragem mesmo é rasgar a lista quando a vida pede e seguir em frente sem borracha e sem papel. Isso, eu aprendi já faz uns anos. É difícil, mas você aguenta, juro. Já eu, ainda não desisti da listinha, mesmo que seja só para olhar no outro fim de ano e rir dela por estar escrito a penas dois itens. Vocês sabem quais são. A vida para amar e o amor para viver. Porque, tendo eles, sinceramente… O resto a gente corre atrás.