Não sei se é o mundo virado, a saudade de passar café pra mais de dois, outubro mas com cara de estacionado em março ou tudo ou o quê. Sei lá…

Ao mesmo tempo que queria dizer tudo, as vezes não sei dizer nada. Parece que nada descreve bem, não contempla tudo. E as coisas não estão lá grandiosas, só estão indo. Indo em paz – não fácil, mas inteiras. Tipo meia em paz com meia saco cheio e ca(fé) pra finalizar.

Uma paz em meio ao caos, um ponto de caos em meio a paz.

Alguns dias são difíceis manter a (c)alma e deixo enlouquecer com louvor aqui dentro. Outros dias tenho tempo nem de a ouvir me desejar bom dia quanto menos de ter a tal alma por perto. Bem nessa dança, nesse vai e vem. Um dia quero falar sem parar, no outro quero ouvir só a minha respiração; em um dia sonho, imagino, planejo e realizo o possível pela rotina, no outro conto até 10 pois queria uma dose do impossível.

Aceitei que tudo bem nada descrevesse agora, mas em alguns dias deixo minha memória pelo caminho e me pego tentando nessa mania de analisar e contar pra mim mesma a história das pequenas coisas dos dias. Ainda que confusos demais. Simples demais. Amorosos demais. Com nada demais. Me surpreendo com pouco. Outros dias só quero sentir o vento batendo no rosto. E basta pra ser.

Desencano, deixo pra lá as palavras.

“O que será?”… Sei lá, a vida, sempre foi… Quando ocila, é sinal do coração batendo.

Ando meio sem palavras. 2020 me roubou um pouco algumas, vem trazendo novas e ranço de outras.

Mas tento me lembrar que essa frase tem dois jeitos de encarar. Hoje, não sei como terminar esse texto, vai lá saber amanhã.