Maio foi mês de transformação. Principalmente dentro de mim.

Ignorei esse tal de inferno astral. Vivi o que tinha que viver, sozinha, acompanhada, com medo ou mais acostumada. Segui.

Ganhei um edredom novo que mais parecia uma nuvem de tão foto, agora está até mais difícil de levantar. Comprei uma sapateira, organizei meu armário, gastei tempo pensando no que eu precisava amadurecer nele com a Vivi. Neste mesmo dia, fui trocar o vaso do quarto de lugar, achei uma boa ideia apoiar o pé no parapeito para alcançar o prego e quase cai. HÁ. Risos.

Comprei mais plantas para a casa, minha mãe e minha avó estão fazendo os filtros dos sonhos de crochê para nosso casamento e tive uma das minhas piores TPMs da história. Um misto de ressaca da vida com aquela preguiça que a gente sente começo de virose. Me arrastei, enrolei, demorei para fazer certas coisas. Mas, fiz. Vi mais meu sobrinho, minha avó, meus irmãos e meus pais, que reformaram mais um cômodo da tão sonhada casa deles.

Maio foi mês que fugi da gripe! Com os volumes altos de corrida, a imunidade pode cair bastante e é até normal pegar um resfriado, mas eu me esforcei bravamente para isso não acontecer. Tomei chá de alho, continuei firme com meu limão e própolis de manhã, muita água, suplementação de vitaminas que a nutricionista mandou e alimentação bem variada. Fiz o que pude e uma pouco mais. Até agora, só o Fábio está com a garganta arranhada.

Tomei mais sol na lateral da casa, pois a vizinha inventou de colocar um guarda sol imenso na varanda dela que tapou o nosso sol na cozinha. Fiquei puta, confesso. Ringo e Lucy adoram de qualquer forma. Sentamos todos no mesmo beiral para comer mexerica.

Em maio fiz meus melhores treinos de corrida e ganhei bolhas novas no pé. Quase não reconheci minha unhas caminhando em casa um dia desses. Senti frio, muito muito frio. Continuei para aquecer meu corpo – sempre vale a pena continuar. O que a gente não faz por um sonho?

Senti frio, frio na barriga e fiquei mais velha. 27 anos. De fato, fico mais velha a cada dia, o aniversário é só para comemorar isso. Menos um. Tá aí uma coisa que eu não digo normalmente, pois as pessoas acham fúnebre demais. Mas a gente ganha o presente de viver a cada dia, isso sim, precisamos levar a sério. Se tem uma coisa que eu adoro é ficar mais velha. Aprender um pouco a cada dia sobre a própria vida é uma lembrança que nunca vou cansar de agradecer. Obrigada, vida.