Bom, o que posso te dizer? Meu médico disse que eu não iria crescer. Em poucas palavras: eu seria, para sempre, pequena.
E vivi minha infância como se o amanhã não existisse, como se tudo o que importasse era o agora. Corri, torci o pé, me sujei de terra, me pendurava em pé de manga, descia rampa dentro de um caixote e era a melhor jogadora de futebol para meu irmão. Minha infância passou.
Meu médico estava certo: eu não cresci. Empaquei no 1.57m de altura que depende da minha vontade e empenho no dia, pois se não me esforço muito já cai para 1.56m.
Fui zoada na escola – bullying, como dizem hoje em dia. Entrava na perua e não via a hora de chegar em casa. Minha mãe me dizia: “Não liga, menina, você crescerá em estatura e conhecimento, como Deus quiser.” E aí que não, Deus não quis, mas em conhecimento eu ainda poderia crescer. Mãe, obrigada! Vendo que a frase dela não funcionava muito bem, meu irmão me treinava para me defender e dar uma bela rasteira em alguém. Obrigada, irmão!
Vida de baixinha, digo, de pequena, não é das mais fáceis, mas é ao menos divertida. Com 20 anos você usa um all star e te dão 14 anos. Se corta o cabelo curtinho ou usa franja, já caí para 11. Socorro!
Salto alto é quase obrigatório, mas não, não tenho MBA nisso não. Alcançar armário é travar uma guerra consigo mesma e ter altura para entrar em brinquedos, e usar tamanhos de roupas infantis é uma vantagem DAQUELAS.
Por sorte, médico, não escrevo isso hoje com nenhum pouco de tristeza. Como minha mãe vai gostar que eu escreva aqui: Deus me quis assim. Já apontei pro céu xingando por todas as calças que precisei cortar metade das pernas e já agradeci por não ter batido a cabeça em prateleiras tantas vezes que todo mundo bateu. Pior que, de todas, eu não esperava por essa. Desde o começo, meu apelido com ele não foi amor, mor ou mô. Foi o que? Pequena.
A gente precisa desse tempo: o tempo para se enxergar. Aceitar que não se pode ter tudo, mas que a gente pode SER, o que é bem melhor. É inteiro, é sincero e não depende de fatores externos. Mas, viu, vem cá: o médico, sua mãe ou Deus vai te avisar e você acredita. Mas o seu maior tesouro, nessa vida, é ser a melhor versão de quem você é. Isso, é ser grande (olha aí a chance).
E aí que dessa forma, realmente, não é tão ruim ser pequena – ainda mais depois que se aprende a dar umas rasteiras. Valeu mesmo, mano! É sério.
Para sempre e com carinho,
Revisão de: Thaís Chiocca
Poxa, se você se considera pequena com 1,57 eu com 1,50 tô ferrada! 😛 Como você pode ver há pessoas menores que você haha, eu nunca sofri bullying pela minha altura, mas é fato que pareço ser mais nova do que sou e acho isso bom na verdade. Mas a nossa espécie está em extinção, a nova geração já nasce com 2 m de altura! hahaha
Pra mim, abaixo de 1.60 é baixinha. hahaaha
Sim sim, sempre tem um lado bom 🙂
beeeeijo!
Baixinhas tem charme 😀 eu sempre falo da minha altura 1,58 mas no fundo eu amo ser baixinha, tem lá suas vantagens! Beijos
http://www.thamaralisal.com
Siiiiim, vantagem sempre tem sim. 🙂
1,57? Bate aqui! Tenho 1,57 e meio. hahahaha
Mas eu digo que as baixinhas são as melhores (e somos mesmo hahaha)
Beijos
http://www.praquelado.com
o/*o
E MEIO! hahahaha, adorei 😛
hihihi que lindo!
Quando criança (por que quando falo pequena as pessoas riem e dizem que não faz diferença) eu me sentia assim também. Partilho dos mesmos sentimentos… Hoje sou uma menininha feliz 😉
beijo
“Quando criança (por que quando falo pequena as pessoas riem e dizem que não faz diferença)” É ISSO. hhahaha descreveu tudo 😛
Sim! somos o que somos, né? vamoseamá! 🙂
sei como se sente, em parte, não sou tão baixa (tenho 1,70) mas meu marido tem 1.96 e é o menor da casa, o pai dele tem 2.0 e o irmão tem 2.6 então… sou relativamente anã no ambiente… pelo menos tenho gente suficiente para pegar as tralhas de cima do armário
xero
Desconstruindo blog
NUNCA tinha pensado dessa maneira, que inusitado e incrível. hahahah Com certeza, isso por aí, nunca será um problema ♥ beijo e semana linda por aí!
oin isa acho tão fofo e amorzinho esse “pequena”. *-* (eeeee o/ comentei no blog huhu) beijo grande
Que tipo de ser humano de 1,63 eu seria se nao deixasse um beijinho emocionado, amei <3
hahahah adorei <3
obrigada! outro beijin :**
Ai que hoje eu tô sensível! Tô chorando até com texto de “pequena” <3
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Também já sofri por ser pequena. Hoje superei…