Pra falar de amor é preciso tempo, por que histórias – ainda que tristes, felizes ou cômicas – é o que não faltam. Amar é uma coisa fora de nós, mas que brota dentro da alma, do coração – sei lá de onde sai essa coisa – , dentro da gente. Escapa, assim, de graça e escorre pelas mãos, mas que pede um esforço DAQUELES… bons. Amar é uma recompensa da vida. A chance de não só nós vermos beleza em pequenas coisas diárias, mas de abrirmos os olhos para o outro ver juntinho da gente. É se importar com algo que você não se importaria. É canalizar todas as energias boas que se tem por dentro em um dia de stress a todo vapor, só para não tirar a paz do outro. É organizar a casa, improvisar um armário, só para o outro sorrir com tudo arrumadinho, em seu lugar como ele gosta. É também relaxar com os chinelos espalhados pela casa, comer Mc Cheddar sem hambúrguer sonso e sem graça como se fosse um risoto ao funghi para sorrir assistindo o outro comer um pão/carne/queijo como se fosse… bem, aquilo mesmo que ele adora. O amor é sorrateiro. Um dos mais! Quando se menos espera você abraça o mundo do outro como se fosse seu – que também é abraçado por ele, oras bolas.
É assim, se entregar, se revirar do avesso, suar o coração sem precisar de porquês e, sem quase nem perceber esse esforço. O amor realça o lado mais natural de nós: de fazer o bem sem medir esforços. O amor quando surge, é um louco que parece por todos os pingos nos is que faltavam na nossa vida, mas não os põe pra depois de um tempo, nos fazer pensar: e quem precisa deles? O amor simplifica qualquer coisa, qualquer problema. Por isso, quando dizem que o amor é solução. Não é só poesia, é verdade-verdadeira. O amor, ás vezes, enche as budega… por 5 minutinhos, sei lá, pode ser mais. Mas, ainda assim, é amor.
Quando se fala de amor, bom, falamos de amor. Nem pra mais, nem pra menos, só amor. Seja para quem e como for.
E, esta era pra ser só mais uma crônica meio faça você mesmo contando que eu ganhei um armário temporário que ele fez usando um gaveteiro velho, um cabo de vassoura e restos de madeira de uma caçamba só para não me ver reclamando da bagunça no quarto e me sentir incomodada por dentro e, virou um texto de amor. Quando se ama até texto que não era pra ser de amor, vira de amor. Me desculpem o transtorno: tô amando.