“Pareço plena” mas… não sou.
Não o tempo todo. Nem a maior parte do tempo. Nem faço questão de pensar assim.
Aliás, como cada um define isso?
Não sei quando essa zoeira surgiu e eu dou risada. Mas percebo que de um tempo pra cá, ao pé da letra, tem confundido a cabeça de muita gente.
Uma frase que eu amo da Ana Jácomo diz: “Plenitude é quando a vida cabe no instante presente, sem aperto, e a gente desfruta o conforto de não sentir falta de nada”.
Foi a definição mais linda que já li, muitos anos atrás antes da moda “ser plena” chegar. Plenitude, como Ana diz e eu aprecio, talvez dure alguns minutos. Aqueles minutos que precisamos estar atentos para sentir, notar, não deixar passar e aprender a cultivar.
E em um mundo tão visual nos pequenos quadrados de Instagram, ter cara de plena, se tornou o objetivo de muitos.
Enquanto a plenitude e também a simplicidade, não é sobre ter, é querer ver essências. É criar um filtro (não inocente ou sonso) consciente de que a potência da vida está na forma de como a levamos e também de como vemos valor e podemos contribuir na do próximo. Não é superficial, não pode, não deve. Pois transcende.
Que a gente não tente fazer da plenitude algo instagramável e busque se aprofundar na essência. Simplesmente…
Vamos mais fundo? somos profundos – aqui sim, ao pé da letra.