Doar roupa sempre foi um costume muito forte que meus pais nos ensinavam desde pequenos. Era muito comum sentar com a minha mãe algumas vezes no ano e separar o que não usávamos. De fato, carreguei este hábito mesmo depois de ter saído da casa dos meus pais. Mas, quando conheci o Barba, as coisas mudaram ainda um pouco mais.
Fábio é uma pessoa desencanada, isso vocês já perceberam não é mesmo? Sempre com sua havaiana nos pés, ele possui um armário compacto, pequeno e com peças que todas combinam entre sí pela sua restrita paleta de cores em azul marinho, cinza e preto. Eu ria muito antes e insisti diversas vezes para ele comprar algumas coisas e ele me dizia: eu tenho tudo o que preciso. Ele tinha
Fato é que o Barba é um lado bem extremo deste exemplo. Mas, isso fez com que eu encontrasse equilíbrio em mim e no meu armário. Ainda mais quando decidimos ter um único móvel no quarto e ainda dividí- lo. Doei mais da metade das minhas roupas e não senti falta nenhuma. Comecei a notar que eu conseguia visualizar muito melhor o que eu tinha no armário. Nada fica socado e eu conhecia minhas peças. E foi assim que sentei na minha cama naqueles dias de “eu não tenho roupa para sair”, e disse rindo sozinha: eu tenho tudo o que preciso.
Quantidade x Qualidade
Ter muitas peças de roupa não é sinônimo de qualidade. Muitas vezes pagar um pouco mais caro em algumas peças chaves garantem maior durabilidade. Outras mais básicas e simples, podem ser mais baratinhas. Mas, compre de lojas que você valoriza e conhece ao máximo sua procedência. Um armário bem planejado pode ter diferentes peças que harmonizem bem entre sí, facilitando a nossa vida.
“Entra uma, sai duas”
Essa era a regra da minha mãe quando eu era pequena. Hoje em dia, não me prendo a números. As vezes sei que não vou usar uma roupa que ganhei ou que uma amiga gostou muito e eu nem tanto e, já passo para frente. Algumas peças nós nos apegamos mais, outras menos, mas o mais importante é ter a consciência de que aquela roupa representa nossa personalidade e modo de nos expormos ao mundo, mas não é tudo o que somos.
Sua felicidade para o outro!
Depois de um tempo neste desapego, nossa percepção muda. Hoje, fico feliz de ver uma amiga sorrindo com algo que é mais a cara dela do que a minha. Ou de saber que aqueles 13 sweaters vão aquecer alguém muito mais do que eu. Então, não crie empecilhos ou barreiras. Quando a frase “quem sabe eu uso”, “quem sabe minha perna engorda para encher essa calça” aparecer.. Ó, já coloca para doar, miga. Vai por mim.
Hoje, olho pro meu armário e sinto ele mais leve e mais consciente. Conheço minhas peças, meu corpo, meu jeitinho e o que eu realmente gosto. Quando quero arriscar algo eu reflito e, depois, vou sem medo e me permito.
Tanto eu quanto meu armário, somos muito mais livres.
Eu também aprendi o mesmo com minha mãe, e tento fazer isso com minha filha, meu marido me ensinou a ser menos consumista, e hoje meu guarda roupas tem somente o que preciso, e sempre que posso faço uma limpa e tiro muitas peças pra doação.
Muito legal seu post. bjuxx ❤️
Casa Cherry
é libertador <3
Que inspiração esse texto, Isa. Era exatamente isso que eu estava precisando ler. Ultimamente eu olhava para o meu guarda-roupa e me sentia mal, só conseguia ver um acumulo de roupas que já não me servem (não em relação ao tamanho), e eu não sabia o que fazer. Agora já sei, vou separar elas e doar e tentar não deixar acumular mais. Obrigada, Isa! <3
que demais!! <3 vai te fazer um bem danado :))) boa sorte no cata flor!!
Amei o texto e me identifiquei bastante. Também sempre doei roupas, e sempre recebia muito das minhas primas mais velhas também. Depois de ler muito sobre armário cápsula e me interessar, acabei percebendo que tenho poucas coisas (de verdade!), mas que grande parte são peças com 3 anos ou mais, que não condizem mais com o que eu sou. a meta agora é ficar 1 ano sem comprar nada, pra poder juntar uma graninha e gastar com coisas que sejam realmente a minha cara. 🙂
ARMÁRIO CÁPSULA!!! estava tentando lembrar este termo enquanto escrevia e quem disse que lembrei??? hahaahahahah obrigada!!!
Uma ótima estratégia essa!! <3
Que coincidência eu cair nesse post! Hoje mesmo escrevi sobre armário cápsula no meu blog (http://jiglaystuff.com.br/2015/09/armario-capsula/).
Eu sou muiiito apegada as minhas roupas, mas sempre to tentando arrumar meu armário e tirar aquilo que eu não uso mais. Agora, além disso, sempre que eu vou pegar uma roupa e vejo que tem alguma que eu não uso e nem vou mais usar, eu pego e dou pra alguém que precisa mais. Aí a mudança não é tão drástica e eu nem sinto haha
Ahahahhaha que demais !!!
Exatamente <3
Oi, Isa!
Eu também sempre sentei com a minha mãe (a cada dois ou três meses) pra separar roupas pra doar. Ainda trago isso comigo porém hoje sei que esse não é o ideal. O ideal mesmo, no fim das contas, é que eu pense muito bem antes de comprar algo porque, oras, se estou doando tantas roupas assim é porque não preciso de fato delas, não é? Deveria ter consumido mais conscientemente.
Só que estou meio num extremo… fui me desapegando TANTO que hoje quando olho pro meu armário vejo que não tenho blusinhas pra trabalhar no verão. Comprei um monte de camisas de manga longa (e uso TODAS!) mas infelizmente no calor desgraçado que tá fazendo não rola. Então decidi adquirir (seja por doação do armário da mamy ou por compra) umas 3 blusinhas pro trabalho. Mas, claro, 3 outras blusinhas vão sair. E assim vamos seguindo.
Um beijo, ótimo post!