Amor, hoje não é dia de nada – você pode pensar.

Hoje é um dia comum. Comum. Recebemos a conta de luz, paguei o IPTU. Você limpou o quintal e demos banho nos cachorros. Passamos café 3 ou 4 vezes. Cortamos as frutas da semana. Você colocou os cadarços nos meus tênis. Eu cortei o pézinho no seu cabelo. Fizemos uma sopa de saquinho para salvar a janta e a luz da sala está ameaçando queimar. Hoje, você fez aquela dança ridícula, pra me ver sorrir – e funcionou.

Hoje, amor. É mais um dia que te chamo de amor. Mais um dia que discutimos seriamente de quem era a vez de lavar a louça. Mais um dia em que você trabalhou até tarde e eu tentei te animar em algumas mensagens. Mais uma madrugada em que dormi com o computador no colo e você o colocou ao lado. Mais um momento em que lembramos que há cincos anos atrás estaríamos jogados no sofá à toa e sonhando com o agora.

Hoje, meu amor, estamos exaustos. Suando para que os nossos sonhos possam um dia brotar. Com uma saudade eterna, querendo que o tempo passe mais devagar. Vivendo a fase da vida que eu contava as horas para ver como seria viver, quando eu era nova. Hoje, nós vivemos o hoje com amor, e nada mais.

Hoje não é dia de nada. Mas, obrigada, todos os dias, por tudo. Pela simplicidade, cumplicidade e o dia a dia, que ao seu lado é tão mais divertido e, eu precisava agradecer. Afinal, não é todo mundo que faz uma dança idiota para o dia do outro ser mais feliz.

Hoje é mais um dia para amar, amor. E isso é tudo.

Ps: agora a luz da sala, definitivamente, queimou.