Todo mundo quer ser feliz. É óbvio. Quem não quer uma vida tranquila, mansa e serena? Todo mundo. Tão desejada quanto a felicidade é, entra disparado neste ranking, a busca incessante por ela. Revistas, jornais, portais, fotos, redes sociais, vão te dizer o que fazer. A gente lê e ri, outros levamos a sério 60%, alguns arriscamos testar, com outros damos uma chance, mas não contamos pra ninguém.

A verdade é que na busca para a felicidade não existe certo e não existe errado. Existe a busca interna de cada um – mas ela tem que ser interna.

Para alguns a felicidade está em um carro novo na garagem, para outros apenas um tapete que diz bom dia na porta já ajuda. Para uns é ter um pão com manteiga no café da manhã, para outros é alcançar uma carreira estável na empresa X. Aí, está a raiz do problema: Estes são nossos sonhos, a felicidade é outra coisa.

Independente dos sonhos e do que fazemos, existe a felicidade que a vida quer nos ensinar a enxergar. Tomei a liberdade de apelidá-la de felicidade mínima. Aquela que no dia-a-dia esbarramos e deixamos passar. A felicidade que passamos a vida inteira sem notar. É ela.

A felicidade sustentável.

O estado interior que não depende do clima, altos e baixos da vida, do seu humor ou do quê você quiser colocar aqui. Ela é silenciosa, como a paz que sentimos ao abrigar um bebê ou o sorriso calado ao ver quem amamos. A felicidade que é plena inclusive quando estamos tristes. Não por ter a resposta ou segurança de tudo, mas de acreditar que a única certeza que precisamos ter é que tudo irá se ajeitar: mesmo em meio a dor. Felicidade que sabe que não há problema em ter problema. Sabe esperar, sabe se sentir bem e vivo na vida que tem.

A felicidade é uma questão de observar: A vida, ao nosso redor, o mundo e outro alguém.

A felicidade mínima é esta que fica escondida por entre o dia a dia e na rotina corrida. É o sustento para uma vida em paz. Assim como respiramos involuntariamente a cada segundo, sempre há tempo de a encontrar. A felicidade genuína: Sem peso, sem pressa e sem manual de instruções.

Apenas um passo de cada vez e involuntariamente, agradecemos a vida, por viver.