E a coragem? Ah, ela vem…

Existem fases na vida em que é difícil tomar algumas decisões. Mas, se pararmos para pensar, enfrentamos isso durante todo o caminho: escola, curso, faculdade, trabalho, estilo, saúde, relacionamento. Tudo precisa do nosso selo de “certo, é isso mesmo que eu quero”. Seria lindo se a equação fosse resolvida simples assim. Pronto, tá aí o selo e a vida segue felizinha.

Afinal, e quando o único selo que existe é o “não sei se é isso que eu quero”? Ou o mais sofrível “não sei se é isso que eu quero, mas me disseram pra ir”. Quando a única coisa que nos resta são dúvidas, medos, arrependimentos e desilusões? Vá assim mesmo.

Vivemos pensando que a nossa geração X e Y fosse a mais perdida. A geração que mais quer, quer e quer, até conquista, mas não se contenta com o que realizou e segue de galho em galho com o peito vazio. Comparando- nos com a geração dos meus pais, como se fosse a mais bem vivida, sem tantos medos e aflições. O fato é que não cabe generalizar, somos humanos. É preciso um meio-termo entre elas: do prazer, de viver e da realização. Foi conversando com uma pessoa da geração passada que escutei: Vá com calma. Não há porque ter tanta pressa assim para resolver tudo. Aproveite o caminho.

Arrisco dizer que este selo de confiança nunca existiu. Não de forma fixa: a gente muda toda hora. Não é preciso ter certeza ou confiança de tudo. Ás vezes, na maioria das vezes, o que a vida quer da gente é coragem: de tomar um próximo passo, planejar, ir além, desacelerar, sonhar, plantar para colher. Nem tudo é a curto prazo quanto a nossa vontade de realizar. É preciso calma, vontade e insistência: Nunca desista do que você sonha. Seja paciente, enxergue as fases, respeite o tempo, procure ajuda e se divirta o quanto puder. O caminho tem a mesma corda bamba pra todo mundo. Você não foi sorteado.

Aproveite o caminho. Viver é um risco.

Benditos sejam os corajosos que seguem a vida, sem ou com medo, mas nunca perdem a intensidade e vigor no trajeto. Encontre um boa janelinha pra sentar, sentir e apreciar o frio na barriga: Essa é a graça da vida.

Está com medo? Vá com medo mesmo!