Reza a lenda que eu sou um pouco neurótica com organização. Escuto isso desde mais nova. Eu tinha meu jeito de dispor os cadernos na mala, os bichos de pelúcia na prateleira e por 10 reais, arrumava o quarto inteiro do meu irmão. Eu sempre vi vantagem nisso. Por ser uma pessoa frenética e resolvendo mil coisas ao mesmo tempo, manter um lugar específico para cada coisa, me poupava tempo de procurar. Ao contrário do que muitos dizem sentir preguiça de deixar tudo em ordem, eu ficava furiosa quando precisava procurar por algo, me fazendo perder meia hora do meu dia – e não sei porquê conjuguei no passado se isso permanece até hoje.

Outro ponto que me sempre me deu prazer, foi de sentir que eu tinha, dentro do possível, no meu controle. Eu sabia quando alguém entrava no meu quarto, sabia quando mexiam na minha bolsa, sei quando pegam uma caneta da minha mesa ou quando Barba não encontra o arroz na despensa. Não que eu me importe pela atitude de mexer no que é meu, mas o fato de conhecer cada objeto e o porquê ele esta na minha vida, deixou o meu dia a dia mais simples. Eu não preciso acumular 200 lápis e não saber onde eles estão. Posso ter 12, bem posicionados estrategicamente para a frequência de uso. E hoje, assim vai da nossa despensa até meu guarda roupa. Aqui, o Barba tem o jeito dele de organizar que possui uma lógica diferente da minha: por cores, utilidade, tamanho, frequência, enfim. Cada um cuida de uma área e fomos nos adaptamos a lógica do outro. E foi aí que nosso casamento realmente começou: Quando fundimos nossos mundos.

No vídeo conto um pouco sobre o livro e as minhas impressões. Recomendo muito a leitura para quem esta afim de começar a ajeitar as coisas ou até mesmo para os maniáticos como eu. No final das contas, conhecimento nunca é demais e sempre vale o papo e o café. Espero que gostem e que ajude o começo de ano ser mais leve, livre e com somente o necessário no coração, na vida e no lar!