Neste momento, a exatamente 4 anos atrás, eu estava no trabalho quando meu pai me mandou uma mensagem “Estou indo para o hospital, você vem?”. Já sabia que não poderia ir, pois minha ex-chefe disse que aquele dia seria “só mais um dia”. Em um impulso levantei e entrei no carro com meu pai à caminho do hospital. Eu não conseguia acreditar que em algumas horas, eu seria para sempre, “tia”.
Mais do que isso, eu não imaginava o que era de fato ser tia. Todo mundo diz que tia só leva a parte boa e em partes, eu tenho que concordar. Ser tia te faz pensar como é ser mãe, só que sem tanta pressão e responsabilidade. Sim, é poder zuar, sem pensar “Estamos educando ele certo?”, é ser mais livre para aprender e errar.
Ser tia é dar risada ao ver seu irmão todo estabanado no começo, carregando aquele pacotinho de gente. E pensar “Não deve ser tão difícil assim”. Até que você pede para segurar e percebe que você tem um mundo no seus braços, treme, tentando disfarçar a falta de experiência, mas na verdade, a gente não quer ser perfeita, só quer estar por perto. Bem perto. Só quer saber de quando poderemos fazer a maior bagunça quando ele crescer. Ser tia é ficar longe por 15 dias e ter a sensação de que eles já começaram a falar outra língua. Passa tudo muito rápido. E a gente sabe, tenta, mas não pode controlar.
Ser tia é achar graça. É deixar ele comer derrubando tudo ou pintar se sujando inteiro, só para rir. Para lembrar como é ser criança e não ter que limpar tudo depois. Para então, poder contar com aquele sorrisão no rosto para seus amigos e dizer “Vou fazer isso com meu filho”, nãnaninanão meu querido, isso é privilégio pra tio.
E quando a gente planeja fazer aquele bolo ou aquele biscoitinho com ele e fala “Coloca só um pouquinho de farinha”, e metade do saco cai no pote? Aí, você não tem nada o que fazer, a não ser inventar outra receita. Afinal, ele merece ainda ganhar a melhor sobremesa, sem uma tonelada de farinha. A gente aprende a se reinventar e ter mais jogo de cintura na vida, com uma criança de apenas 4 aninhos vividos, sim, só 4.
Mas uma coisa minha ex-chefe estava errada naquele dia. Aquele não foi um dia qualquer e desde então nunca mais foi. Esses pequenos serzinhos não fazem ideia de como nos fazem maiores, mais humanos e mais simples. A gente se preocupa tanto, com tanta coisa, querendo agradar tanto, quando o que para eles só o que importa é ter uma garrafa pet pra chamar de “Martelo do Thor” e correr atrás de você pela casa. Nem tudo precisa ser tão real assim. Só precisa ser e acontecer, do jeito que for.
Ser tia, é voltar a imaginar.
E naquele dia, quando voltei ao trabalho, em plena felicidade, eu só conseguia lembrar como ele era tão pequeninho! Que sua única função no momento era olhar pra cima, com toda pureza no olhar e ver várias cabeças flutuando, que já o amavam demais. Mesmo que depois de 4 anos, ele fale que a “Tia Isa é nenê”, só porque eu sou a única que consigo entrar na motoca dele. A verdade é que mesmo depois de 4 anos, eu ainda tremo ao te segurar, mas agora porque você esta muito pesado pra mim. Mas quem se importa? Ele me fez muito melhor. Muito.
A verdade é que ser tia, é ganhar o maior presente do seu irmão, aquele que você encheu o saco a vida inteira, e só ter que amar demais. Só.
Na verdade… Ser tia, é não ter parte ruim. ♡
Isa, leio sempre suas publicações depois da indicação de sua amiga e minha linda sobrinha Bruna Dentello…
Hoje sua publicação está ainda mais perfeita! Ser tia é tudo isso e um pouquinho mais…pergunte à Bru o que somos uma para outra…basta um pensamento e pronto! E-mail na caixa, mensagem no celular, post no facebook…rs
Maneira mais linda de amor…
Parabéns pelas palavras e pela coragem de publicar tanto amor num tempo onde o que vale a pena parece ser piegas demais para ser dito…
bjs da tia Sô =)
“Tia Sô”
Obrigada pelas visitas!! Fico feliz! Ainda depois de ler seu comentário tão querido.
Espero que quando o Teteco crescer, eu possa ser essa confidente dele, assim como vocês são.
Sempre é tempo de demonstrar amor, né? 🙂
Beijinhos!
ser tia é “tanto amor” <3
Até transborda.. <3
Até sábado, ihiiii 😀
Orra! disse tudo, me vi no seu texto , mas jamais conseguiria expressar tão bem quanto você o amor que sinto pelas minhas sobrinhas. Você é foda, que sorte do seu sobrinho.
Suas meninas são tão liiiiindas <3
Elas que tem sorte em ter esse tio coruja e fotografeiro de mão cheia! 🙂
Nossa, se há mães e ‘mães’, acho que ser tia é algo universal. Porque é exatamente o que senti quando o Gabriel chegou. Há mais ou menos 05 anos, eu amava meu irmão de um jeito que era indescritível e em outubro esse amor foi para outro se, que eu comecei a amar assim, “do nada”. E tudo ficou mais risonho e dengoso, e sim, nada é mais gostoso que ouvir “to com saudade tia caudia”.
Que nossos capitães américa continuem assim, sorrindo e nos enchendo de amor”.
Muito verdade. A gente se transforma de uma maneira quase mágica, mas muito sincera e gostosa. Do nada.
Ah… isso não tem preço mesmo 🙂
Que assim seja Cláudia, sempre <3
quase chori :’) ahahaha que lindo isso, amei o texto inteiro! Meu irmão é assim com o Arthur tbm ahahha <3
🙂 que amor!!
Ah, é demais mesmo… eu imagino o que deve sentir uma MÃE. Ai, é demais. <3
Essa é uma das melhores sensações do mundo!!!!!
bjsss
Tens razão <3 🙂
Muito legal, mas ser mãe também é não ter parte ruim. Um dia você vai ver! <3
eu IMAGINO <3 <3
Chorei horrores!! Nunca conseguiria transpassar tdos meus sentimentos dessa forma e vc traduziu pro papel tdo que vem do nosso coração….lindo demais…
Ah que fofa!!! que bom que se identificou <3