Muita gente pergunta como foi a escolha da nossa casa. E eu acho muito incrível e, até engraçado, como a energia dela possa passar por meio de uma imagem. Por isso, resolvi colocar neste post alguns pontos que levamos em consideração antes de bater o martelo de que, sim, é aqui que vamos ser lar.

Antes, um pouquinho de história: O processo começou quando, tanto eu quanto o Barba, precisávamos de um espaço para montar os nosso estúdios, receber clientes e ter liberdade para trabalhar em nossos horários. Sempre tivemos o hábito de poupar dinheiro e, depois de conversar, passamos anos juntando até o troco da pizza com este objetivo. Na época procuramos espaços para alugar, mas por conta da metragem que necessitávamos para os dois, não encontrávamos nada com preço OK. Desanimamos muito. Na época o Barba morava em um apartamento em Pinheiros e, um dia o porteiro mencionou o valor que estavam vendendo ali e foi aí que resolvemos mudar os planos: vamos vender aqui e comprar algum lugar.

Até então não tínhamos pesquisado para compra, mas percebemos que seria muito possível encontrar uma casa com 6x o tamanho do apartamento por quase o mesmo valor. Agora, vamos começar com as dicas:

  • Escolha uma região bacana. Quando digo isso, não é me referindo a poder aquisitivo. Tudo irá depender do seu estilo de vida, mas uma coisa fundamental é ser lugar próximo do trabalho ou com meios de transporte de fácil acesso e trajetos bons de carro. Isso em São Paulo é qualidade de vida. Pode ser um pouco mais caro, mas se te poupar 4 horas de trânsito,  vale considerar.
  • Pesquise a região. Imóvel é investimento tanto familiar para quem deseja ter um bichinho ou filhos, como rentável. Veja se a região possui planos de expansão de linhas de metrô, shoppings ou revitalizações. Tudo isso valoriza a região e, caso um dia você precise vender como o nosso antigo apartamento, você conseguirá lucrar!
  • Caminhe pela região em diferentes horários e interaja com a vizinhança. Antes de fechar, nós passeamos por aqui mil vezes a noite, a tarde, de manhã e tudo mais. Dê um alô para os vizinhos, questione sobre como são em dias chuvosos, segurança e os comércios por perto.
  • É bem bacana questionar o morador sobre os horários e direcionamento do sol. Ainda mais para quem ama uma boa luz natural como nós, é determinante. Ponto ainda mais importante para quem mora em apartamento, eu diria.
  • Objetivos bem definidos e visão é muito importante. Tanto para o meu estúdio como o do Barba, nós precisaríamos de reforma no imóvel. Vimos muitos lugares novos e, quando visitamos aqui, nos deparamos com um espaço MUITO antigo. Mas, como já estava em nossa mente a obra, não faria diferença. Basicamente, o valor era pelo terreno, não pela construção.
  • Vá com calma! A ansiedade é difícil controlar nessa fase, mas é preciso. Além do baita investimento financeiro, toda função de documentação e tudo mais é complicada. Por isso, pense, repense e visite muitos lugares.

Galinha, som de pássaros, plantas, clima de interior e silêncio pleno faz parte do nosso dia a dia. Mas, sendo bem sincera com vocês, eu não consegui apreciar tudo isso na minha primeira visita. Estava ansiosa e com mil coisas acontecendo ao mesmo tempo na minha cabeça. Porém, a minha paixão foi a área externa com plantas. Todas as casas que visitamos eram construídas de fora a fora e essa era a única com espaço aberto. Algo precioso para nós! Percebi que os vizinhos eram queridos, moravam há 40/50 anos aqui, se conheciam, trocavam histórias e até me ofereceram uma galinha para criar. Claro, que isso foi brinde, ainda mais em São Paulo. Mas, tudo isso me fez me sentir em casa. Cresci com terra, galinha no vizinho e silêncio. Quando entrei aqui, mesmo vazia e sem nada, me senti em casa.

Nossa história em algumas linhas, foi assim. Espero que ajude quem esta nesta etapa da vida!

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