{"id":4979,"date":"2014-05-07T17:07:13","date_gmt":"2014-05-07T17:07:13","guid":{"rendered":"https:\/\/nadaalemdosimples.com\/?p=4979"},"modified":"2017-12-20T15:59:16","modified_gmt":"2017-12-20T15:59:16","slug":"observando-sobre-mae","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/nadaalemdosimples.com\/observando-sobre-mae\/","title":{"rendered":"> Sobre m\u00e3e"},"content":{"rendered":"

M\u00e3e. Cada um tem a sua, \u00e9 claro. Mas, uma coisa todos n\u00f3s depois de algum tempo crescendo, aprendemos em comum. A gente aprende que conviver \u00e9 uma das tarefas mais dif\u00edceis do ser humano. Conviver bem, ent\u00e3o, \u00e9 uma arte. Minha adolesc\u00eancia tinha tudo para ser uma bagun\u00e7a sem fim. Mas, eu como todo adolescente preferi fazer um armagedon<\/em>. Na \u00e2nsia de viver, conhecer, fazer, ter meu dinheiro, viver – sim de novo -, fiz e desfiz muitos n\u00f3s que deveria ter atado na vida por a\u00ed.
\nMas, uma coisa sempre me uniu a minha m\u00e3e: costurar. Recort\u00e1vamos tudo, med\u00edamos, pespont\u00e1vamos, pass\u00e1vamos tudo na overloque – \u00e9, meu pai se animou, apostou em n\u00f3s e comprou. E toda vez que a coisa complicava, eu dizia: “M\u00e3e, e se estragar?” Ela me olhava por cima dos \u00f3culos e dizia: “Se estragar, estragou. S\u00f3 vamos saber tentando”. Ela me diz isso at\u00e9 hoje, pra qualquer coisa. Ting\u00edamos, desenh\u00e1vamos e esquec\u00edamos que discord\u00e1vamos em tudo o dia todo. Sem certo, sem errado. Era ela, era eu. Construindo o que hoje v\u00ed que \u00e9 s\u00f3 o amor.
\nAmar \u00e9 discordar, respeitar e, por fim, aceitar a pessoa dia-a-dia. Amar \u00e9 decidir.
\nHoje, anos depois, n\u00e3o me esque\u00e7o de cada linha, cada n\u00f3, cada ponto que aprendi. Cada risada e cada tens\u00e3o de errarmos juntas. Mas, o melhor, sem d\u00favida, foi ter apertado bem o nosso n\u00f3. E hoje, todo dia, acordo e aperto um pouquinho mais. Eu, que antes queria apenas linha e mais linha e n\u00f3 frouxo pra viver, hoje aperto eu nela, cada vez mais. Porque depois a gente aprende que \u00e9 bom n\u00e3o concordar sempre nas ideias, que \u00e9 bom furar o dedo na agulha e aprender e que apoio tem de sobra. “Voc\u00ea consegue filha, fazer o que voc\u00ea quiser”. Nem sempre m\u00e3e. Mas, hoje eu sou teimosa -das piores- e tento tudo e de tudo. E quando n\u00e3o d\u00e1, eu sei bem o seu endere\u00e7o. E corro para refor\u00e7ar o nosso n\u00f3. Eu posso ter feito um armagedon<\/em> quando mais nova, mas \u00e0s vezes \u00e9 preciso. Tentar, n\u00e9? Para depois, recome\u00e7ar melhor, com mais ra\u00edzes e menos linha.
\nJ\u00e1 voc\u00ea, me ensinou algo que levo a vida toda, todo dia comigo. Me mostrou que \u00e9 poss\u00edvel amar o que \u00e9 o avesso da gente – mal sabia eu que era a vida me ensinando o verdadeiro e genu\u00edno amor, aquele que aceita, corrige, abra\u00e7a e afaga. Quer amor maior que esse? Ser m\u00e3e. De tudo que fez por mim, voc\u00ea sem querer fez o melhor, e eu aposto que nem percebeu, pois voc\u00ea faz naturalmente bem. Plantou em mim o meu maior sonhos de todos, o sonho mais dureza de sonhar, mas o mais gratificante para o cora\u00e7\u00e3o de quem o sonha: o de ser m\u00e3e um dia tamb\u00e9m.
\nObrigada pelos n\u00f3s, por n\u00f3s.<\/p>\n

Para todas as mam\u00e3es, meu feliz dia todos os dias pra voc\u00eas \u2661<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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