Voc\u00ea j\u00e1 deu uma volta em uma montanha-russa?<\/p>\n\n\n\n
A gente come\u00e7a l\u00e1 embaixo, devagarinho. Mas logo come\u00e7amos a subir, subir, subir sem parar! Quando vemos estamos bem no alto, parece que podemos tocar o c\u00e9u. E de repente, despencamos \u00e0 toda velocidade<\/strong>, chacoalhamos de um lado para o outro, viramos de cabe\u00e7a para baixo, tudo passa como um turbilh\u00e3o e a\u00ed\u2026 come\u00e7a tudo outra vez.<\/p>\n\n\n\n Nesse trajeto sentimos muitas coisas: euforia, medo, descargas de adrenalina, damos risadas, gritamos e \u00e0s vezes at\u00e9 passamos mal.<\/p>\n\n\n\n Mas logo come\u00e7amos de novo a subir, subir, subir sem parar.<\/p>\n\n\n\n Quem nunca se sentiu em uma montanha-russa emocional, n\u00e3o \u00e9 mesmo?<\/strong> \u00c9 completamente natural que tenhamos esses altos e baixos. E \u00e9 muito importante saber que nada dura para sempre, estamos sempre em movimento<\/strong>, mesmo sendo uma grande loucura depois da queda e mesmo sabendo que a subida \u00e9 sempre mais lenta.<\/p>\n\n\n\n Durante a quarentena eu tive muitos momentos como esses e aprendi que o melhor a fazer \u00e9 se deixar sentir, \u00e9 entender que tudo tem sua vez e que tudo passa. Claro, esse entendimento veio atrav\u00e9s de um processo terap\u00eautico e de muita conversa. Eu acho que j\u00e1 falei aqui sobre o Ellion, meu terapeuta. Em um desses momentos de baixa emocional ele me disse: \u201cHugo, isso \u00e9 s\u00f3 uma nuvem escura que est\u00e1 passando. Deixa ela chover, se molha, daqui a pouco ela vai embora. E o sol volta a aparecer<\/strong><\/em>\u201d.<\/strong><\/p>\n\n\n\n Todos os homens cis h\u00e9teros aqui sabem que isso pode ser dif\u00edcil. A forma como a grande maioria de n\u00f3s foi criado n\u00e3o aceita esse se permitir sentir. O mundo nos diz que precisamos engolir o sentimento, n\u00e3o transparecer nada disso e seguir a vida, sem pausa, sendo sempre membros produtivos da sociedade, por que \u00e9 isso que os homens fazem.<\/strong><\/p>\n\n\n\n Bom, s\u00f3 posso dizer que assim fica dif\u00edcil de lidar. Como vamos seguir em frente sem entender o que est\u00e1 se passando? Como vamos entender se n\u00e3o nos permitimos sentir? Cada pessoa sabe onde seu sapato aperta. N\u00f3s podemos ignorar isso, ou podemos mudar de sapato.<\/strong> Ou correr por a\u00ed descal\u00e7os, por que n\u00e3o?<\/p>\n\n\n\n Sem exce\u00e7\u00e3o, seja voc\u00ea quem for ou de onde vem, todos estamos nessa montanha-russa. O que precisamos fazer \u00e9 curtir a viagem. Voc\u00ea n\u00e3o vai ficar no alto pra sempre e muito menos embaixo. O segredo se encontra mesmo \u00e9 nos meios termos.<\/strong><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Voc\u00ea j\u00e1 deu uma volta em uma montanha-russa? A gente come\u00e7a l\u00e1 embaixo, devagarinho. Mas logo come\u00e7amos a subir, subir, subir sem parar! Quando vemos estamos bem no alto, parece que podemos tocar o c\u00e9u. E de repente, despencamos \u00e0 toda velocidade, chacoalhamos de um…<\/p>\n","protected":false},"author":6,"featured_media":18954,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[2820,2818],"tags":[2825,2188,2481],"yoast_head":"\n