{"id":17844,"date":"2019-06-03T21:06:09","date_gmt":"2019-06-03T21:06:09","guid":{"rendered":"https:\/\/nadaalemdosimples.com\/?p=17844"},"modified":"2022-09-09T16:05:42","modified_gmt":"2022-09-09T16:05:42","slug":"idealizacao-do-amor-romantico-versus-a-liberdade-para-amar","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/nadaalemdosimples.com\/idealizacao-do-amor-romantico-versus-a-liberdade-para-amar\/","title":{"rendered":"> Idealiza\u00e7\u00e3o do amor rom\u00e2ntico versus a liberdade para amar"},"content":{"rendered":"\n
“Me quero livre, mas do seu lado”<\/em><\/p>\n\n\n\n Meu marido me enviou essa imagem acima e o sentimento de “que sintonia<\/em>” me preencheu.<\/p>\n\n\n\n Desde que eu e ele nos conhecemos, falamos muito sobre a idealiza\u00e7\u00e3o deste amor rom\u00e2ntico que nos ensinam, este que vemos nos filmes, m\u00fasicas, novelas, nos discursos familiares, em tudo. Por que precisamos ser perfeitos um para o outro de forma com que nos completemos?<\/strong><\/p>\n\n\n\n Por que a gente precisa de outra pessoa para curar nossos traumas,<\/em> para ser a \u00fanica fonte de alegria<\/em>, para que nos mostre o caminho que precisamos trilhar<\/em>, para que vejamos sentido na vida?<\/strong><\/p>\n\n\n\n J\u00e1 pararam pra pensar na responsabilidade absurda que \u00e9 colocar todas as nossas expectativas em uma outra pessoa<\/strong> que tamb\u00e9m tem seus sonhos, medos, defeitos, objetivos? <\/p>\n\n\n\n Por que precisamos de algu\u00e9m para dar o nome de “meu” ou “minha”<\/em>? Ser\u00e1 que podemos pensar em “ele”, “ela”, “n\u00f3s”<\/strong>?<\/p>\n\n\n\n Dialogamos muito sobre tudo, sobre nossas inseguran\u00e7as, sobre ci\u00fames, sobre afeto, sobre fases da vida e chegamos a conclus\u00e3o que nem eu, nem ele vamos curar algo que s\u00f3 n\u00f3s mesmos podemos curar<\/strong>. \u00c9 responsabilidade de cada um de n\u00f3s cuidar nos nossos sentimentos internos, para ent\u00e3o compartilhar e n\u00e3o cobrar.<\/strong><\/p>\n\n\n\n A gente se perde dentro da paix\u00e3o avassaladora que \u00e9 realmente um monte de horm\u00f4nio dentro da gente que nos deixa anestesiados<\/em> de alegria, tes\u00e3o, preenchimento, e as constru\u00e7\u00f5es de amor que nos s\u00e3o colocadas, num primeiro momento fazem todo sentido. Mas ela passa…<\/strong><\/p>\n\n\n\n E depois? E a conviv\u00eancia? E as mudan\u00e7as da vida? Pois \u00e9, a gente n\u00e3o controla<\/strong>, e da\u00ed podemos seguir dois caminhos: se frustrar e desistir <\/strong>de estar com essa pessoa, por que ela n\u00e3o est\u00e1 mais alinhada com esse sentimento e a\u00e7\u00f5es que s\u00e3o esperadas dela; ou a gente dialoga<\/strong>, entende a individualidade da pessoa, n\u00e3o coloca os seus problemas e vontades em cima dela, e busca a sintonia.<\/p>\n\n\n\n O amor rom\u00e2ntico nos tira a fluidez da vida<\/strong>, nos limita como seres que precisam corresponder a todas as vontades que muitas vezes podem ser as mesmas que a da outra pessoa, mas em muitas outras podem n\u00e3o ser tamb\u00e9m.<\/em><\/p>\n\n\n\n O casamento vinculado ao amor rom\u00e2ntico \u00e9 algo extremamente novo no mundo ocidental, come\u00e7ou em meados nos anos 40 com filmes. \u00c9 uma constru\u00e7\u00e3o social.<\/strong> E como todas as constru\u00e7\u00f5es sociais: n\u00e3o serve para todo mundo.<\/em><\/p>\n\n\n\n Precisamos reconhecer que todas as formas de se relacionar s\u00e3o amor<\/strong>, de diferentes formas, mas n\u00e3o deixam de ser amor.<\/p>\n\n\n\n Se uma pessoa decide passar o resto da vida do lado de uma outra pessoa dentro de um relacionamento monog\u00e2mico<\/strong>, \u00e9 amor. <\/em><\/p>\n\n\n\n Se um casal decide viver um relacionamento n\u00e3o-monog\u00e2mico<\/strong>, podendo se relacionar com outras pessoas: \u00e9 amor, entre todas as partes, \u00e9 amor. <\/em><\/p>\n\n\n\n Se uma pessoa decide n\u00e3o querer casar<\/strong>, se relacionar sem r\u00f3tulos com outras pessoas que tamb\u00e9m est\u00e3o neste modelo, \u00e9 amor. <\/em><\/p>\n\n\n\n Escolher n\u00e3o ter filhos<\/strong> em um relacionamento, \u00e9 amor.<\/em><\/p>\n\n\n\n Acredito que precisamos cada vez mais tirar a ideia de que amor tem formas, regras e expectativas; e entender que quando nos relacionamos com algu\u00e9m, ou algu\u00e9ns, a \u00fanica coisa que \u00e9 b\u00e1sica \u00e9: responsabilidade afetiva. <\/strong><\/p>\n\n\n\n \u00c9 na responsabilidade afetiva que alinhamos pensamentos<\/strong>, que damos ao outro a escolha de ficar ou de ir<\/strong>, que conseguimos manter di\u00e1logos genu\u00ednos <\/strong>e a constru\u00e7\u00e3o di\u00e1ria. <\/strong><\/p>\n\n\n\n O amor rom\u00e2ntico nos tira essa responsabilidade e nos carrega de culpa para suprir algo do outro que as vezes nem ele mesmo conhece. <\/strong><\/p>\n\n\n\n Desconstruir o amor rom\u00e2ntico \u00e9 trazer pra perto o autoconhecimento<\/strong>, o respeito \u00e0 individualidade e dar a oportunidade de mudar quando preciso.<\/p>\n\n\n\n Querer ser livre<\/em> do lado de algu\u00e9m, para ser exatamente quem voc\u00ea \u00e9<\/em>, dentro do modelo que faz mais sentido para voc\u00ea, respeitando todas as partes envolvidas: \u00e9….isso \u00e9 amor.<\/strong> \ud83d\ude42<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" “Me quero livre, mas do seu lado” Meu marido me enviou essa imagem acima e o sentimento de “que sintonia” me preencheu. Desde que eu e ele nos conhecemos, falamos muito sobre a idealiza\u00e7\u00e3o deste amor rom\u00e2ntico que nos ensinam, este que vemos nos filmes,…<\/p>\n","protected":false},"author":3,"featured_media":17845,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[2820,2818],"tags":[39,2518,2519],"yoast_head":"\n