{"id":10617,"date":"2015-11-23T02:43:45","date_gmt":"2015-11-23T02:43:45","guid":{"rendered":"https:\/\/nadaalemdosimples.com\/?p=10617"},"modified":"2017-12-20T15:17:29","modified_gmt":"2017-12-20T15:17:29","slug":"ser-normal-nao-e-o-forte","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/nadaalemdosimples.com\/ser-normal-nao-e-o-forte\/","title":{"rendered":"> Ser Normal n\u00e3o \u00e9 o nosso Forte"},"content":{"rendered":"
O dia\u00a0come\u00e7ou ensolarado. Uma longa espregui\u00e7ada entre os len\u00e7\u00f3is, abrir\u00a0as cortinas e colocar uma camiseta sorteada: era domingo, mas parecia um dia qualquer. Abro a porta, os cachorros me esperam, roupa para lavar, dobrar, trabalho a terminar e pregui\u00e7a. Decidimos almo\u00e7ar em um pequeno caf\u00e9 que fica a menos de\u00a02km. Coloco um shorts rasgado, uma camiseta melhor e continuo com a havaiana velha-de-guerra, pois j\u00e1 sei, vamos com a turma toda. Corto o primeiro peda\u00e7o de torta e escuto um ESTRONDO. Ai, n\u00e3o. Um cachorro passa ao lado correndo. Ringo esquece por um momento que est\u00e1 preso e corre em dire\u00e7\u00e3o para brincar, apenas esquecendo da grande lata de lixo ao lado e\u00a0d\u00e1 de cara com ela. Todos olham, riem e a gente? Ri\u00a0mais ainda. Ringo nos olha como se nada tivesse acontecido e come uma folha do meu alface. Lucy segue acreditando que aquele \u00e9 o melhor dia da sua vida e na volta me presenteia com um mini xixi emocionado nos p\u00e9s. Barba caminha\u00a0com um\u00a0em cada lado, como se tivesse tudo nas m\u00e3os – e tinha.<\/p>\n Final do dia me dei conta de que eu vivo com\u00a0o maior presente: ter ma fam\u00edlia que era puramente ela mesma. E, afinal, qual a gra\u00e7a de ser t\u00e3o normal?<\/p>\n Ser plastificada, sem manchas nas roupas, arranh\u00f5es nas pernas ou p\u00ealos na cal\u00e7a. Estar impec\u00e1vel, preocupando- se apenas em como se apresentar ao mundo, enquanto por dentro, somos iguais: todos deitamos \u00e0 noite, olhamos para o teto e desejamos viver em paz<\/strong>. E assim n\u00f3s vivemos. Temos tudo.<\/p>\n Ontem, um domingo qualquer, pude esclarecer para mim que,\u00a0realmente que ser normal n\u00e3o \u00e9 o nosso forte – ainda bem.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" O dia\u00a0come\u00e7ou ensolarado. Uma longa espregui\u00e7ada entre os len\u00e7\u00f3is, abrir\u00a0as cortinas e colocar uma camiseta sorteada: era domingo, mas parecia um dia qualquer. Abro a porta, os cachorros me esperam, roupa para lavar, dobrar, trabalho a terminar e pregui\u00e7a. Decidimos almo\u00e7ar em um pequeno caf\u00e9…<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":10619,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1469,1024],"tags":[1361,1446,206,1445,1443,1444,1088],"yoast_head":"\n
\nO caminho at\u00e9 l\u00e1 parece n\u00e3o ter fim. Lucy choraminga na maior empolga\u00e7\u00e3o da sua vida, puxando o bra\u00e7o do Barba. Eu, seguro o pequeno-grande menino Ringo que com 4 quilos a menos da irm\u00e3, quase me arrasta pela rua. Na esquina, j\u00e1 estou suada, derretida com esse\u00a0vai e vem de coleiras e um leve mau humor toma conta, “desse jeito vou parecer uma louca na rua,\u00a0Ringo”, desabafo.
\nChegamos, amarramos as coleiras, sentamos na mesa do lado de uma lata de lixo. Imagina a cena. A cachorrada vai, vem, crian\u00e7ada brincando e pais nos olhando. O momento de servir \u00e9 sempre um grande mini infarto. Os pratos\u00a0se aproximam, a cachorrada continua deitada. Eu, estico as m\u00e3os segurando as coleiras, prevendo um estrago. Bandejas \u00e0 mesa e UFA! ningu\u00e9m pulou e deu um radoucken<\/em>\u00a0querendo brincar. Peguei os talheres e pensei: Puxa! At\u00e9 que estamos\u00a0normais<\/strong>.<\/p>\n